Não há praticamente áreas disponíveis para construções em bairros como Leblon, Ipanema e Lagoa, o que explica, em parte, a valorização dos imóveis nessas áreas, e, por tabela, no restante da Zona Sul do Rio. Grandes construtoras geralmente gerenciam vários empreendimentos simultâneos e, na dificuldade de promover lançamentos em série, acabaram se afastando um pouco da Zona Sul, abrindo espaço para incorporadores médios, que ficam garimpando locais para possíveis edificações, geralmente imóveis antigos cujos herdeiros não têm mais condições de ou interesse em mantê-los. Então, o perfil das construções na Zona Sul está mudando, com prédios de poucos andares, sem muitas unidades e quase sempre admitindo alterações solicitadas pelos compradores.
A Mozak, que mirou nesse nicho, que vai da alta classe média ao luxo (pois os imóveis custam acima de R$ 16 mil por metro quadrado), atrai compradores que nem recorrem a financiamentos. A maioria adquire o imóvel para uso da própria família, quitando-o durante os 24 meses da construção. Há, nesse mercado de potenciais compradores, muito mais pessoas com dinheiro no bolso do que se imagina.