Depois de 18 meses de restauração, a Biblioteca Nacional, no Centro, reconquistou todas as suas características originais: ontem, foram retirados os últimos tapumes que cercavam o prédio, construído em 1910 na antiga Avenida Central, hoje Rio Branco. A obra custou R$ 10,7 milhões e foi financiada pelo Fundo Nacional de Cultura.
- Fazer o prédio retomar seu esplendor é muito importante para nós. É a cidade dialogando com a sua história - disse Helena Severo, presidente da Biblioteca Nacional. Parte do interior da biblioteca: trabalhos duraram 18 meses
Durante a restauração, foram feitos reparos nas 285 janelas de madeira da biblioteca, que nunca haviam passado por conserto. O trabalho, que incluiu a pintura e a limpeza da cúpula, reservou uma surpresa.
- Também recuperamos as três portas da entrada. Removemos várias camadas de tinta preta, e acabamos descobrindo que elas são de bronze - contou Luiz Antônio Lopes de Souza, arquiteto responsável pela obra.
O prédio da Biblioteca Nacional já passou por três reformas, mas agora, pela primeira vez, foi usada uma técnica de pigmentação mineral que devolveu ao imóvel suas cores originais: ocre, verde e amarelo claro.