sexta-feira, 8 de junho de 2018

Redução das taxas de juros do crédito imobiliário pode aquecer o mercado


De acordo com a Caixa Econômica Federal, as taxas mínimas caíram de 10,25% ao ano para 9% para os imóveis do Sistema Financeiro de Habitação (SFH); já os imóveis do Sistema de Financiamento Imobiliário (SFI), de 11,25% ao ano para 10,25%.

O economista Alberto Ajzental, da Fundação Getúlio Vargas (FGV), afirma que a Selic, taxa básica de juros da economia, baixou para 6,5%, o que impacta no cenário econômico de forma bastante favorável. Ele ainda diz que no ano de 2017 a Caixa diminuiu para 50% o valor do financiamento de imóveis usados.

Segundo o economista, o banco alcançou, no mês passado, melhores resultados, obtendo a lucratividade de R$12,5 bilhões no ano passado; comparado ao crescimento do ano de 2016, atingiu 202,6%. Já para o professor do Ibmec-DF, a Caixa Econômica Federal, com essa atitude, ajuda a aquecer o mercado imobiliário e aumenta os ânimos para a Construção Civil.

Mesmo com as taxas em baixa, é necessário ser prudente com as parcelas

A venda dos imóveis no país aumentou 9,4% no ano passado por conta da baixa nas taxas de juros comparado a 2016. O levantamento dos dados é da Câmara Brasileira de Indústria da Construção (CBIC) e do Senai Nacional. O total de vendas foi de 94.221 residências em 2017, enquanto que em 2016 o número foi de 86.146.

O que se vê no momento é que a redução dos juros tem colaborado muito com o mercado imobiliário neste ano de 2018. Na análise de Ajzental, o país está com o segmento estabilizado, mas não se sabe se a qualquer momento a situação pode voltar a piorar como em tempos passados.

Por esse motivo, ele alerta aos compradores para que eles não façam dívidas que passem do seu valor orçamentário, pois de acordo com sua visão, é melhor que, ao assumirem as parcelas, elas sejam acessíveis às condições cabíveis ao bolso, para então, não entrarem para a inadimplência. E se for possível, negociar à vista, pois será melhor.

Como comprar seu imóvel sem gastar muito

Com taxas menores e mais condições de créditos, o brasileiro ainda se preocupa com a compra da casa própria, pois a ideia que os especialistas, mencionados acima, passam é a de procurar fazer somente parcelas que não fujam do seu orçamento.

Por isso, muitas pessoas estão se planejando antes de dar início aos seus projetos, fazendo orçamentos e pesquisando preços em lugares diferentes, pois existem muitos deles que têm bons preços e promoções, dessa forma, é possível realizar o sonho da tão esperada casa própria, ou da reforma da casa já existente ou até mesmo da construção de uma desde o zero.



Exame online, Economia, 07/jun