segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Londres inspira modelo carioca


Todos apostam na Avenida Abelardo Bueno, no trecho próximo à Avenida Ayrton Senna, como o principal eixo comercial do Centro Metropolitano do Rio em futuro próximo. Hoje, ela já tem quase 20 mil moradores e nove mil domicílios. A projeção é de que chegue no ano de 2023 com mais do que o dobro de habitantes e 20 mil domicílios.

Balanço do que ocorreu em outras cidades brasileiras que são hoje exemplo de leapfrogs (áreas emergentes de grande crescimento urbano), mostra que a região poderá ter um desenvolvimento vertiginoso nos próximos dez anos. Um exemplo concreto é a cidade de Águas Claras, em Brasília, antigo bairro da cidade satélite de Taguatinga, que saiu de uma população de pouco mais de 25 mil habitantes para 105.013 moradores, entre 1991 e 2010. 
Neste ano, ela passou a ter 34.789 domicílios, sendo que, anteriormente, eles não passavam de 6.942.

A Abelardo Bueno, coração do futuro Centro Metropolitano da cidade, também passou a ser a meninas dos olhos do mercado imobiliário não só pelo alto padrão de arquitetura dos prédios que começam a ser erguidos ali, mas também pelo perfil puramente de negócios que vem se desenhando no local, que foi o palco privilegiado do último Rock in Rio e será sede dos Jogos Olímpicos de 2016.

Além disso, investimentos em infraestrutura, particularmente de transportes, facilitarão a vida dos moradores e de quem transita pela área. A Transcarioca, a ser inaugurada no primeiro semestre do ano que vem, será o primeiro corredor expresso que fará ligação direta com o Aeroporto Internacional Tom Jobim, partindo da Barra. É exatamente no trecho do eixo comercial que a PDG e a AGER se preparam para lançar o The City, o primeiro business distrid, inspirado em um modelo de negócios bem-sucedido de Londres.

O The City, inicialmente, terá três torres de 1.033 offices, uma torre corporativa e um mall de cinco mil m² de área inteiramente locável. "Um dos seus grandes diferenciais é que tanto as salas corporativas quanto as lojas serão construídas apenas para locação futura. Só as salas comerciais serão vendidas. O fato do proprietário do terreno ter ficado com toda a torre corporativa, pensando em locação futura desses espaços, já mostra que o empreendimento será bem-sucedido, caso contrário, não apostaria em sua aquisição", diz Antonio Henrique Neves, sócio-diretor da AGER.

Empresário e publicitário

O conjunto de torres, a ser construído em terreno de 100 mil m², abrigará 18 mil m¹ de área corporativa, cujas salas terão entre 450 a 700 m², com possibilidade de junção. Já as torres dos offices se constituem em salas com 20 m² ou 43 m² para instalação de escritórios de profissionais liberais ou de pequenas empresas, também com possibilidade de ampliação.

O diretor-executivo Regional da PDG, Cláudio Hermolin, revela que a Arquitetônica, um dos mais renomados escritórios de arquitetura internacionais, foi contratado para fazer o projeto porque as duas empresas queriam trazer para o Rio um conceito de distrito de negócios adaptado à realidade da cidade. "Achamos que mesclar a experiência de incorporação do mercado imobiliário da PDG e da AGER com a de projetos de empreendimentos internacionais da Arquitetônica funcionaria. A parceria deu certo: é o The City".

Para se ter uma ideia de sua imponência, a London Boulevard, rua que conecta os quatro edifícios, terá 25 metros de largura, a mesma da 5ª Avenida em Nova Iorque, o que configura a qualidade do empreendimento", afirma Neves.

O modelo que inspirou o business distrid da Avenida Abelardo Bueno, pioneiro na cidade, é o de construção de prédios e escritórios comerciais que garantam aos executivos e seus funcionários fazer tudo o que necessitam no mesmo espaço integrado.

Eles terão locais de reuniões à disposição, assim como praça de alimentação e serviços diversos de profissionais liberais, a exemplo de advogados, médicos e dentistas. "Uma grande empresa que se instale em 5 mil m², por exemplo, deverá ter algo em torno de 500 funcionários e estes, com certeza, deverão demandar uma gama de serviços que serão prestados pelos profissionais liberais instalados nos offices", assinala o diretor da AGER.

Ele acredita que somente empreendimentos do porte do The City, que terá vista privilegiada para a Lagoa de Jacarepaguá, darão a garantia futura de valorização dos imóveis aos seus proprietários.



O Globo, Especial Cidade Barra, 27/out