quinta-feira, 17 de outubro de 2013

PDG e Ager apostam em centro empresarial no RJ


A PDG lança ainda este mês o The City Business District, centro com shopping, salas comerciais e escritórios com Valor Geral de Vendas (VGV) de R$ 400 milhões em sua primeira fase. A expectativa é de que a primeira fase do empreendimento - que contempla um shopping, uma torre corporativa e três prédios de escritórios na Barra da Tijuca - fique pronta no fim de 2016, depois, portanto, da Olimpíada na cidade. Os executivos envolvidos no projeto, a PDG lança o The City em parceria com a Ager, dona do terreno e incorporadora das unidades, apostam que a demanda imobiliária no Rio vai continuar aquecida mesmo depois dos grandes eventos esportivos programados para a cidade.

Segundo o diretor regional da PDG, Claudio Hermolin, o setor de petróleo, com o pré-sal, e a infraestrutura de transporte em construção na Barra são dois exemplos de incentivos que manterão em ebulição o mercado imobiliário no Rio.

Hermolin, que é vice-presidente da Associação de Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário do Rio (Ademi-RJ), acredita que a Barra da Tijuca - que puxou o crescimento da cidade nas duas últimas décadas - passará certamente por forte demanda de imóveis comerciais nos próximos anos.

"O pré-sal vai trazer para o Rio uma injeção na economia que nós ainda não temos a exata noção do quanto vai ter de impacto nos negócios da cidade", frisou Hermolin, lembrando que o empreendimento ficará em uma das vias que mais cresce no Rio, a Abelardo Bueno, onde ficam, entre outros, a HSBC Arena e o Parque Aquático Maria Lenk, sede de competições no Pan de 2007.

No primeiro semestre, o mercado carioca registrou o lançamento de 5.976 unidades residenciais, 1.538 unidades comerciais e 510 unidades hoteleiras, segundo dados da Ademi. As 8.024 unidades lançadas significaram um aumento de 4,18% em relação às 7.702 unidades do primeiro semestre de 2012.

Maior projeto da PDG no país em 2013, a primeira fase do The City terá 50 mil metros quadrados de escritórios na primeira fase, volume que deve saltar para 200 mil metros quadrados ao fim da terceira fase de construção.

O terreno de 100 mil metros quadrados foi adquirido pela Ager em troca da torre corporativa que será erguida na primeira fase do projeto. Essa torre terá nove andares, com espaços de até 735 metros quadrados. O shopping, que terá cerca de 5 mil metros quadrados de lojas já foi adquirido pela JCA5 Participações, cujos sócios são a Autonomy Investimentos e o grupo Neves.

Os envolvidos garantem que haverá demanda para que todo o terreno seja ocupado nas duas outras fases de construção. "A gente pode dizer que vai ser todo desenvolvido. Só não pode dizer quando", diz Antônio Henrique Neves, sócio da Ager.

As conversas entre Ager e PDG começaram há três anos e o projeto foi mudado três vezes até se chegar ao conceito atual. Ernesto Raposo, também sócio da Ager, ressalta que o lado ambiental também foi contemplado e a construção utilizará um sistema de resfriamento de água chamado "district cooling", em que a Light Esco fornece água gelada para refrigeração, garantindo 30% a menos de consumo de ar condicionado. O projeto arquitetônico foi desenvolvido pela Arquitectonica, empresa americana responsável, entre outros, pelos edifícios da sede europeia da Microsoft, em Paris.


Valor Econômico, Rafael Rosas, 17/out